domingo, 17 de junho de 2012

OS INTERIORES DE ARROIO DO MEIO

Dia de sol. De sol de Outono.
Perfeito para bandear pela colônia.
 A vida é uma estrada constante. 
As vezes você tá subindo, outras descendo.
Mas ficar em casa é esperar as coisas acontecerem.
 Na estrada ou na vida, 
encruzilhadas e escolhas.
Conforme elas,
mais perto ou mais longe.
 Optamos por Linha Alegre.
Percepção ou impulso?
 Aqui optamos por deixar os mistérios da fé de lado.
Optamos por seguir o rastro que subia no céu.
Há escolhas que levam uma vida inteira para consertar.
Quanto mais opções, maior é a angustia.
Há escolhas que são incógnitas,
mas  um dia se justificam.
Como será morar longe de tudo e de todos,
sem ninguém para apontar o dedo em nossas feridas?
Será que D'us consegue acompanhar tudo?
 Na dúvida é melhor nem perguntar.
Opção primeira: 
Viver em sintonia com as pequenas coisas da vida:
minhocas, rãs, trevos, pinhas, 
fogão a lenha,  coberta de pena de ganso,
 paixões delicadas.

Dia de andar pela colônia
é dia de abandonar as neuroses existenciais.
 Arriscar um pouco.
Não se aventurar no desconhecido 
é uma opção de sonhar pequeno.
 É perder o tempo de inspiração.

  Às vezes eu me pergunto, o que é preciso
para sermos mais felizes do que já somos?
Opção dois: pausa para enlevar o espírito.
Muito é possível
com fantasia e uma boa trilha sonora.
Opção três: menos fluoxetina, mais aventuras.

Opção quatro: um adeus mudo,
às vezes estraga tudo...