domingo, 1 de novembro de 2015

O PULMÃO DE LAJEADO

 Sempre que a desesperança gruda, o Parque do Engenho, 
menos de três quadras da minha casa, socorre.
 É só adentrar naquela onda verde que a descrença larga da minha alma.
 Melhor que banho de mar. 
Melhor que banho de sal grosso...
 Cada escadinha, cada tapetinho de musgo devolve a paz,
e a esperança na criatura humana.
A vida não é assim?
Sigo pela esquerda.
Mas se escolhesse o outro lado, chegaria igual.
Na política, diferentes os caminhos, mas a meta sempre a mesma:
o bolso do político.
A esquerda parece um pouco mais solidária
 com aqueles que menos tem.

 Não quero pensar em podridão.
Vim para oxigenar as células.
Caminho...
 Respiro, respiro, respiro...
Mentalizo tudo passa, tudo passa.
 Os bons pensamentos fluem.
A imponência das árvores,
a certeza das raízes.
 Minha mãe tem 81 anos.
Crê na vida com suas lentes rosadas para o mundo.
Por isso tão bem de saúde física e mental!
É uma inspiração.
 Um ecossistema perfeito: 
passarinhos e parasitas,
árvores novas e velhas.
 O Parque do Engenho não precisa 
de nenhum projeto paisagístico,
basta cuidar do patrimônio natural.
 Nos fins de semana de sol, atrai muita gente,
Hoje, nublado e frio, perfeito para divagar em voz alta.
Uma grutinha para os devotos de Maria.
Coisa boa ter fé.
A minha,  na Natureza.

 Verde nas copas, verde nas águas.
 Eles são os donos naturais do cenário.
Hummmm, aqui já deveriam ter cercado
 e plantado uma cerca de árvores...


  O Parque é o quintal dos moradores na divisa de suas casas. 
Dá para tomar um café na maior tranquilidade.
De outro lado do laguinho
 colhe-se pitangas...

 araças e amoras,

e poesia em flor.
 O melhor é o silêncio,..
... às vezes quebrado por quem insiste no carro.
Compare com a foto acima:
estraga o cartão-postal.
Deveria ser proibido passar carro.
 Um atentado à tranquilidade.
Esse é o único tunel verde da cidade.
Acender velas para que ninguém destrua.
 Aos poucos os pais vão chegando com seus filhos.
 Desde pequeno é preciso ensinar a preservar
a cuidar
a amar a natureza.
Volto para casa confortada, de alma mais leve.
sem pensar nas encrencas e maldades do mundo.
Precisava disso hoje.

 Será que sempre precisaremos lembrar à humanidade?
 Antes de chegar em casa, passamos por aqui.
Dizem que vão vender o predio, dizem.
Um  Centro Cultural vinha bem ao bairro e ao lado do Parque...
 Ainda mais que estão destruindo tudo. Ha dezenas de edifícios sendo construídos. Mais importante ainda proteger o pulmão da cidade. Tem casa antigas à venda por tres milhões de reais...
A nossa resiste.
Bom feriado pra você que acompanhou essa caminhada!