segunda-feira, 26 de março de 2018

PORTO 246 ANOS ALEGRE?

"A memória de uma cidade 

é a soma das memórias de seus habitantes. 

São eles que carregam e transmitem não só o jeito,


  a cultura, 

os costumes,

  mas aquilo que de mais próximo 
pode-se chegar das pequenas coisas:

 história dos paralelepípedos, 


os cheiros de um bairro,
 a textura de cada praça.

Os habitantes de uma cidade
costumam registrar seus momentos


  com o recurso mais usual:

  a fotografia. 


 Quer saber como era Porto Alegre em 1950? 

Basta ver uma foto de Porto Alegre de 1950. 
(imagem da internet)
 Mas o que isso de fato diz da cidade?



Que impressões traz, que sentimentos?
  O que estava acontecendo nesse dia 
com aquelas pessoas,


 o que elas estavam vivendo?


 Então, eis que temos 
o registro da memória

 por meio da escrita.
O leitor precisa imaginar os cenários, a ação;

 todavia, é recompensado por relatos com cores,
  pessoas, movimento:
a cidade que pulsa nas avenidas

e na grama,
 os contornos, 




o sopro,



o ritmo.

 As pessoas que deram vida a Porto Alegre



nos mais variados tempos são aqui registradas
 – eternizadas –

 por quem esteve perto, 
 viu ou ouviu aquele dia, aquele fato.


 (...) como quem entra numa foto e pode ouvir, 


 tocar e fazer parte daquela memória,

 que é minha, sua, é de Porto Alegre.

Como se conhece uma cidade?

Será preciso percorrer quantas vezes aquela avenida,


até entender seus trechos, suas passagens, suas sutilezas?


Ou nunca se chega mesmo a entender uma cidade?



(...) também aqui se trata de tentar entender,




 descrever, 



reviver,
expor o jeito de ser da cidade, 



desta cidade aqui, Porto Alegre."


Texto

Luís Augusto Fischer
(http://www.dublinense.com.br)

Fotos

Laura Peixoto